Deus.

Deus, quem és tu?
Qual seu tamanho e magnitude?
Qual será sua face, o Teu amor ou até mesmo o seu rancor?
Como Tu jugas? Qual o Seu sorriso?
Deus em que parte do mundo tu se esconde? Onde fica a sua morada?
Em que infinito Tu moras?
Em qual mundo o Senhor me encontra?
Deus... Deus?
Quem é você?
Será que és meu ou será que és de todos?
Será que é como imagino ou como todos imaginam?
Com que facilidade fazes sua barba?
Com que encanto seus olhos castanhos brilham?
Com que beleza sua pele se mantém branca meio queimado de um sol inexistente?
Deus...
Meu amado, meu senhor, onde se encontra a sua sabedoria?
Onde deixaste o meu livro da vida?
Como apagou o meu temor?
Deus que no meu mundo inconsciente se manifesta como mágica.
Como faço para lhe ver, como faço para lhe olhar?
Deus caído em terra como criança ou como um adulto sincero.
Deus onde seu toque pode ser sentido?
Qual é seu nome de verdade? Será que é Deus, Olorum, Alá ou até mesmo, será que é o meu?
Porque te imagino tão diferente dos outros, mas, tão igual ao que ouço?
Deus em que estrela esta a sua casa?
Em que nuvem esta os seus olhos?
Em que vento esta o seu toque?
Em que luar esta o seu amor?
Em que sol esta o seu calor?
Em que "abismo" esta a sua mágoa?
Em que felicidade esta o seu orgulho?
Deus meu Senhor, Senhor de um ser sem sentido.
Onde o infinito esta Você.
Em que sentido tu se encontra?
Calo-me em vontades e por isso encontro-me em verdades.
Deus alegrai-me em um segundo, pois valorizarei cada dia de minha vida.

Autor: Gilmar Xavier

Sem titulo II

Pelos méritos do sonhador a luz preparou o ser,
Localizou-se a loucura e o medo do saber.
Enfatizou as margens do rio e caiu em tentação,
Palideceu a alma do ser e maltratou o coração.
Maluco solidário,
Egoismo e prazer, basta um olhar, bastar enlouquecer.
Munido de fantasmas, armas e facas administrando o pensar.
Se mata doce ser, que o salgado a de livrar.
Passa-se as margens de um mar solidário, doeu a minha alma, falta de respeito; falta de maldade.
E os anjos caíram em terra, matando a nova fé.
Esganou meus órgãos,
Lidou com o não ser.
Largou ao chão sangue de cetim, feridas abertas aos olhos nus,
Marcas de um urso, cortes de um leão, dores de incêndio, feitiço de campeão.
Nada é fácil, tudo tem o que temer.
Mas o mundo jamais para e você tem que reconhecer.
Então as palavras são jogadas e o corpo é ofendido.
Grito sem perceber e percebo o que não se vê
Então eu absorvo tudo aquilo que não quis, e mesmo assim não nego que foi isso que eu fiz.
O mundo me perguntou e eu não o respondi.
Mas tudo muda quando o mundo das as voltas que eu tanto temi.

Autor: Gilmar Xavier.

O Egoismo do Perfume.

Sempre quando sentia o cheiro de um perfume igual ou parecido um homem pensava em seu amado na esperança de ele aparecer.
Mas sua dor era crescente quando ele percebia que seus passos agora já não iriam aparecer.
E como um louco sonho seu medo era tão grande que podia até enfraquecer.
O sorriso terno, o abraço eterno agora estão por se desfazer.
E nessas notas de música o ritmo já não vai fazer balançar.
Dando voltas no quarteirão o amado desse homem não apareceu para lhe abraçar.
Então se viu o segredo que a profecia estava por se realizar.
Nas bases de um abandono a saudade atirou pedras para o ar, rolaram e subirão até um telhado se quebrar.
E o tom rosa de uma camiseta exala todo o poder desse lugar.
Que poder é esse que um homem não sabe explicar?
E com grandes perguntas este homem foi se encostar no ponto mais distante, no ferro mais frio que ele jamais sentiu gelar.
E lembrou-se que com medo ele subiu e desceu escadas apenas para espiar.
Correu e até caiu, quando por acaso ouvia seu amado se aproximar.
Longa espera, olhos parados na esperança de ele chegar.
Em meio a olhares secos como em um acampamento protegido pelo luar.
Suas lembranças eram nítidas mesmo quando se contorciam com o desejado que poucos conseguiam conquistar.
Então laços foram jogados no abismo de um ser feroz a se recuperar.
Um ser tão grande que se baseava em um pigmeu tão alto quanto um olhar.
Então no horizonte este homem avistou um sentimento a flutuar.
Percebeu que ele era egoísta e isso podia magoar mais seu amado que já não o podia encarar.
Então ele percebeu que jamais o deixaria mesmo que por frestas ou as escondidas ele o olhará.
E na base do medo esta provado que o fim nunca era chegar.
E no holocausto  desses preceitos a fé que agora te guiará.
Assim surgiu uma nova dor baseado na carícia de um novo sonho que ele jamais realizará.
O egoismo foi vencido mais ele percebeu que o dono daquele perfume jamais voltará.

Autor: Gilmar Xavier

A duvida.

Tantas coisas passam em nossa mente, basta um abraços, um beijo e um sorriso para que sua cabeça mude por completo, entramos em um mundo sem igual, onde o nosso único papel la dentro é temer os acontecimentos possíveis.

Seu rosto perfeito parecido com os desenhos que eu desejava fazer quando criança, onde a perfeição de cada traço era a expectativa de um rascunho único, onde cada rabisco eu sentia a sensação que Deus sentiu ao desenhar cada filho Seu, seus olhos, boca sorriso, palavras, abraço, verdades, corpo, intimidade, seu cheiro.
Ah! seu cheiro, o perfume da minha esperança, a força dos meus desejos, as incógnitas do que será possível e do que não será.
Seu cheiro que persiste em minha mente, me fazendo arrepender-me daquilo que nem ao menos fiz.
Seus abraços, sua força, sua inoscência, seus delírios e minhas convicções unidas em um unico som, em um unico ritimo.
Um show, um convite, uma conquista e até o banco de uma praça qualquer, praça essa que foi o confronto inicial.
Seu sabor, seu gosto, sua pefeição, coisas que entram em minha cabeça e nem sei se é certo ou errado, se é louco ou sóbrio.
Tenho medo que todo esse sentimento vá para meu inconsciente; mas também tenho medo que todo esse sentimento fure meu consciente e passe a exalar em meu corpo.
Tentativas de disfarces para fingir que nada sinto.
Será que você é louco e não percebe os arrepios que sinto ao saber que vou te ver, o frio na barriga que sinto ao sentir seu abraço, e até mesmo, será que não percebe que o seu cheiro é um encanto que ultrapassa minhas narinas e chega ao um lugar que nem eu sei onde fica.
Estou totalmente impotente quando sinto seu cheiro, esta ai a brecha para tudo, esta ai o que não sei me defender.
Aflições, dores e perdões.
Fugas, imagens e ferimentos.
Loucura, felicidade e obsessão.
Agonia, fome e ressentimento.
Amor, paixão e ódio.
Drama, romance e terror.
Lacunas, espaços e louvor.
Amém, axé e aleluia.
religião, ateísmo e confusão.
Sabe várias palavras definem tudo o que me atormenta, mais não as sei definir.
Mesmo quando digo que não preciso de ajuda, estou precisando.
Sou fraco e você soube a força que me deu.
Fui forte e você soube a fraqueza que senti.
Amor? só se for verdadeiro
Desejo? você me mostrou
Realidade? essa eu não sei responder, pois ela ainda esta me ferindo como um faca de cerras contorcidas.
Sonhos? perdendo esperanças.
Vontades? você me responde.
Arrependimento? ainda me torturo apenas por um
Medo? toma conta de mim, só não sei como fugir.
Sim, eu te amo, sim eu me amei, sim eu já amei, sim eu perdi.
E são resposta que faz de mim uma duvida humana.

Autor: Gilmar Xavier.

Descontraindo um pouco. Alimentando seus ouvidos com que eu acho de melhor.

Uma mesa e o debate

Em meio a tantas coisas nos sentimos confiantes e seguros em acreditar que familia não é apenas aquela que nasce com nosso sangue, mais sim também aqueles que nos faz bem, mesmo que esteja todos em volta de uma mesa arredondada, descutindo, bebendo e sorrindo. Sentimos uma onda de esperança, um amor fluir, como se o mundo parasse e apenas pessoas especiais entrasse em nossos mundo ocultos.
Sou digno de respeito e de palavras ecantadoras para agradecer estes momentos.
Vejo um senhor com um charuto sentado com uma felicidade pura, como se cada minuto fosse o sonho de um futuro limpido. Vejo três mulheres a conversas e respeitando as palavras de um sabio que nos envoca a maior força que podemos imaginar.

Entra neste momento em debate a coragem e a tranquilidade de humanos que nasceram para ser quem são, e jamais me enganarei em confiar que a geografia do mundo gira em torno das rotas que criamos dentro de uma simples conversa reunindo a familia que o coração aceitou.
Me perco na misericórdia de abalo sismico que a cada minuto fortalece minhas estruturas.

A dor esta dentro da falta de competência de algumas pessoas de acreditar que no ser humano ainda a uma chance e ainda muitos nos fazem ter esperança.

Autor: Gilmar Xavier

Responda meu amor.

Amor digo-lhe em pleno coração batido que clama por meus sonhos.

O que é ser gay?

Meu amor grito por ti e por respostas.

Será que és diferente do que os outros amores que homens e mulheres sentem.

Grito em berros por respostas, porque não posso lhe beijar a frente de qualquer um.

O que é amar se não posso te tocar livremente.

Meu amor, responda-me, responda-me, anda.

Estou louco sem nada a encaixar-se em minha mente para tantas duvidas.

Se nada sou no mundo porque a minha existência?

Se minha diferença é tão grande porque nasci diferente?

Nesse escuro clamo por ti, meu amor.

Fala-me como sairei disso tudo?

Responda-me, se sou seu amor, se sou seu encanto, porque tudo é contra essa pureza que tem dentro de nós?

Vamos, quero resposta.

Ah! meu amor eu sei que você não pode me responder.

Mais peço e clamo pra me responderem, não vejo nitidez nessa sombra que passa entre dois homens; entre duas mulheres

Vá nesse receio de dor que te impede de argumentar.

Sim, eu respondo eu quero amar.

Me responda leiga sociedade que apenas segue regras que mal sabes o significado delas.

Porque fazer tudo isso, porque se iludir dessa forma.

Amor é amor e não se muda o seu sentido pelas pessoas que o sente.

Amor é amor e isso basta pra saber que é puro.

Ah' meu amor, ainda espero por respostas, mais enquanto não as tenho, clamo por ti.

Me defenda e me embarace nesses seus braços que tanto prezo.

Pois o mundo nos calará perante o toque dos lábios.

Mas nossos olhos...

Oh! nossos olhos... Continuaram a gritar que o amor existe de verdade e o nosso amor ninguém calará.

Pois ele existe dentro de nós e morrerá dentro desses cofres sem senhas para ser aberto.

Meu amor, me responda apenas uma coisa.

Você esquecerá a sociedade para mim?

pois sei que a sociedade ainda estará a nos perseguir...

Que sociedade?

Que apenas me deixa calado com minhas duvidas.

Autor: Gilmar Xavier